Eram como Romeu e Julieta.
Não tão iguais. Os Capuleto e os Montecchio não e odiavam (muito). Mas a semelhança íntima os ligava a Romeu e Julieta, os verdadeiros, de Shakespeare.
Romeu e Julieta.
Como pôde Romeu ser tão burro? E Julieta, morrer então pelo seu amor... Antes morrer pelo amor do que morrer de amor. Forma nobre de se morrer, por alguém que se ama mais do que tudo na vida; mais do que a própria vida.
Dois cegos. Cegos pelo amor. Então, seria mesmo ele cego?
Romeu não entendeu o recado. E se foi, em busca de seu amor. Julieta não se conteve, e foi atrás.
E agora, mortos, para onde teria ido tanto amor? Teria uma força tão forte (mais forte que a própria vida) morrido tão internamente, sem se concretizar realmente?
Ou sobrevive, até hoje, para guiar os apaixonados que juntos não podem ficar?
Amor. Como o de Romeu e Julieta. Amor igual ao meu e ao seu. Nosso amor.
Oh Romeu, oh Julieta! Por que não ficaram juntos em vida para nos salvar? Assim como o amor de Romeu e Julieta... um dia, nossos amores vão morrer: intimamente e internamente. Talvez sem nenhuma concretização.
Romeu e Julieta. Mortos pelo amor, e ainda assim, o mantendo eternizado dentro dos corações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário